sábado, 25 de setembro de 2010

A mesma dúvida de sempre...


     Ah! Antes de começar, eu esqueci de falar! Durante o final de semana com o Neil em Madri também fomos visitar uma cidade vizinha muito  legal, chamada Toledo, conhecida por suas casas de doces. Sim, comemos muito. Hehehehe.

Continuando....
    De volta ao ponto zero. A dúvida era sempre a mesma: voltar para Granada ou seguir viagem. É, pra quem já leu os outros dias de viagem acho que já da pra saber como eu estava levando aquela viagem, e lógico, não ia ser dessa vez que eu ia mudar de idéia.               Nessa altura do campeonato, pelos meus cálculos, eu deveria ter uns 180 euros, o que nas minhas contas era o suficiente para viajar para San Sebastian de ônibus, passar uns 3 dias por lá, pegar um ônibus de volta para Granada e sobrar uns 80 euros ou até 100. Para entenderem um pouco mais dos trajetos que fiz, fica ai um mapa.
                               

     Já que eu tinha onde ficar por lá. Decidido, compro a passagem de ida, afinal de contas nunca se sabe o que vai acontecer por lá, e volto para o albergue para me despedir do pessoal. Eu partiria tarde da noite. Então antes de sair resolvi fazer uma ligação para minha mãe no Brasil e contar as novidades. Eu todo empolgado dizendo que ia conhecer o País Basco, e ela fala: olha que legal, é lá que o Carneiro mora.  E foi só aí que a ficha caiu. Carneiro é um amigo de muito anos da minha mãe que eu conheço desde criancinha.       Ele tem uma fábrica de pranchas de surf na Guarda do Embau, no Brasil, mas como é filho de espanhola e tem cidadania ele divide o tempo entre Espanha e Brasil. Vive do verão. Verão aqui verão lá, e assim por diante. O problema é que morar no País Basco é uma coisa, agora especificamente na cidadezinha de San Sebastian é outra completamente diferente. Combinamos o seguinte: já que eu já tinha onde ficar no primeiro dia, eu iria rumar para lá, enquanto isso no Brasil ela iria correr atrás de conseguir o telefone do Carneiro, e assim que conseguisse me mandaria via e-mail.
        Eu chegaria na cidade tipo 5 da manhã, mas como naquela noite nos Estados Unidos era dia das bruxas (data muito comemorada) e meus amigos eram americanos, eles estariam numa festa de dia das bruxas. Então de duas uma: ou eles estariam ainda na festa ou estariam mortos dormindo.  O que eu tinha imaginado era: quando chegar lá, fico na rodoviária até umas nove da manhã e então ligo pra eles. É, numa viagem nem tudo sai sempre como planejamos. Chegando lá a rodoviária não era bem uma rodoviária, não tinha se quer um lugar coberto, era praticamente um ponto de ônibus no meio de um lugar mal iluminado. Mudança de planos. Como já tinham me falado que a cidade era pequena, resolvi que iria tentar descobrir onde era a boate que eles estavam e esperar na frente para arriscar de encontrar eles.
   Tive sorte que assim que sai do ônibus encontrei um turista bêbado procurando a estação de ônibus, acredito que fazendo o caminho contrário do meu, então estava com um mapa na mão, o qual me deu de presente.
    Segundo eles a cidade era formada de duas praias, uma que era uma baía e água calma e outra de mar aberto onde rolavam as ondas para surfar. Como eles me disseram que a boate ficava na beira-mar da Praia da Concha, mais ou menos no meio da sua extensão, eu com um mapa na mão fui em frente.
Este é um mapa da cidade:
                              

      O ponto A é mais ou menos onde fica a rodoviária, e o ponto B é onde eu imaginava que era a boate. Acertei, a boate era ali mesmo, mas isso em si não resolvia nada, eu precisava encontrar os meus amigos. Fiquei rondando pela frente do lugar até umas 7 e meia da manhã, e nada. Saíram várias pessoas lá de dentro e nada de sairem eles, até que as tiazinhas começaram a fechar o lugar e eu desisti. E agora o que fazer, é cedo para ligar para eles, cedo pra ligar para minha mãe no Brasil, não tinha encontrado nenhum cyber-café já aberto, e foi aí que tive a “brilhante” idéia: a única coisa que não estava cedo era para surfar. Resolvi que caminharia até a praia do mar aberto, e iria procurar pelo Carneiro, afinal de contas, se teoricamente a praia da cidade em que todos surfavam era aquela, nesse horário ele deveria estar por lá. E foi o que eu fiz.
Esse foi o meu trajeto:

                     
  
     Sentei na areia e nada do Carneiro, esperei, esperei e nada. De repente mais uma grande idéia: uma cidade daquele tamanho não pode ter muitas fábricas de prancha, né?
       Me levantei e voltei para beira-mar a procura de lojas de surf, onde me informariam onde era a fábrica. Aquele realmente parecia não ser o meu dia de sorte. Estavam todas fechadas as lojas, mas teve uma que me chamou atenção. Apesar de fechada ela tinha na vitrine várias pranchas da mesma marca, e uma marca que eu não conhecia, ou seja: poderia ser uma marca local. Segundo a plaquinha a loja abriria as 11 horas, e como ainda eram umas 9 lá vai eu de volta ficar de olheiro na praia pra tentar encontrar o Carneiro.         Uma hora passa e nada, duas horas passam e nada, até que finalmente chega as tão esperadas 11 horas.
     Chegando na loja a vendedora perguntou como de praxe: posso te ajudar (Em espanhol. Claro que não lembro exatamente como foi, mas deu para pressupor que foi mais ou menos esse o significado). E eu respondi: eu espero que sim, eu estou procurando um amigo meu que não vejo há anos, ele é brasileiro e trabalha numa fábrica de pranchas. Ela perguntou: mas qual o nome dele? Eu respondi: então o nome dele mesmo eu não lembro, mas o apelido dele é Carneiro. O dia começou a mudar e ela respondeu: sim, ele trabalha para nós, hehehehehe. Demais! Consegui encontrar ele mesmo sem receber o e-mail. Ela chama o dono da loja, me apresenta para ele, explica a situação e o cara começa a ligar pro celular do Carneiro, que não atende. O chefe imaginou que ele deveria estar surfando, então falou para eu ficar com o número dele e tenta ligar novamente mais tarde, e completou: agora, se tu quiser encontrar ele, supostamente hoje a tarde ele estará trabalhando na fábrica, mas a fábrica fica um pouco afastada da cidade. Eu perguntei se tinha alguma maneira de chegar lá e ele falou que sim, de ônibus. Anotei a direção toda certinha, mas como tinha que matar um tempo resolvi que iria procurar um kebab barato para matar a fome.
      Bom, acho que por hoje é suficiente... Falar em Kebab está me dando fome, vou almoçar. Hehehehe.

domingo, 19 de setembro de 2010

Dois mundos...


Quando resolvi criar esse blog o meu intuito era realmente escrever todos os dias, mesmo sabendo que eu estaria trabalhando para acabar meu filme. Depois de umas duas semanas, percebi que na verdade não consigo. Claro que um pouco pela questão do tempo, afinal de contas um dia deveria ter umas 30 horas, mas este não é o fator principal. O problema na verdade é que, neste momento, no Blog eu estou contando histórias de 5 anos atrás que são bem diferentes das histórias contadas no filme que estou escrevendo o roteiro. Além disso, aqui eu escrevo de uma maneira totalmente livre, e quem estiver lendo pode parar, voltar a ler no dia seguinte, ler novamente, etc. O roteiro é um pouco diferente. Nele eu tenho o desafio de formatar certas histórias de uma maneira em que as pessoas que o assistirem sintam-se instigadas a continuar assistindo, e depois de uma hora saiam da frente da tela com um sentimento de que assistiram algo de verdade, não algo superficial. Não sei se me expliquei direito, mas o fato é que falar de duas histórias tão diferentes e de maneiras tão distintas não é tão fácil quanto imaginei ser, hehehehe. Por isso, para não fazer confusão na minha cabeça, tenho escrito alguns dias aqui e outros o roteiro. Mas chega de enrolar e vamos voltar para a história.

Madri... Nesse ponto da viagem eu fiz uma descoberta muito importante: muitas vezes não importa onde tu está, e sim com quem tu está. Lógico que não estou dizendo que Madri não é um lugar interessante, até porque eu adoro Madri, mas estou dizendo que conheci uma outra Madri, na companhia de dois grandes amigos que conhecia fazia muito pouco tempo, mas que já tinha me apegado muito. Por maior que a cidade seja, naquele momento para mim parecia que a gente tava de volta em Córdoba que era uma cidade minúscula, hehehehe.
O engraçado era que, apesar do Neil ser americano, era ele quem me ensinava espanhol. O combinado era o seguinte: falar em inglês era expressamente proibido, a não ser quando já tava muito tarde da noite e o Neil já tinha bebido e eu já com sono tinha preguiça de pensar para falar em espanhol, então nessas horas a gente se permitia falar em inglês.
Teve um dia que estávamos no albergue eu e o Neil e encontramos dois outros americanos que também estavam fazendo intercambio, porém em San Sebastan, no País Basco, extremo norte da Espanha. Os caras não entenderam nada, conheceram eu e o Neil se matando para se comunicar em espanhol e do nada a gente começa a falar com eles em inglês totalmente fluente. Na cabeça deles não fazia sentido. Se ele era americano e eu falava fluentemente em inglês, por que diabos nos ficávamos nos comunicando com tantas dificuldades em espanhol. Para mim era completamente lógico: eu estava na Espanha e queria aprender a falar espanhol.
Acabou que os caras era muito gente fina, e um dia antes do final de semana acabar um deles começa a fazer propaganda da cidade que morava, San Sebastian. Eu virei para o Neil e lógico já fiz a proposta: Neil, os caras são legais, podemos ficar na casa deles uns dia, porque não ir para lá com eles? Hehehehehehe.
Mas claro que ele jogou um balde frio na minha idéia. Falou que tinha aula da faculdade na segunda-feira e teria que voltar para Granada. Mesmo desanimado, claro que não podia fechar uma porta, apesar de no momento achar que não ia viajar para lá. Ao ver os americanos indo embora eu peguei o telefone deles e falei que quem sabe nos próximos dias eu apareceria pela cidade...hehehehe.
O dia seguinte chegou e junto com ele a decisão: voltar ou não para Granada.  Mas isso deixa para amanhã, afinal: são sete e meia de um domingo, estou morrendo de sono, mas ainda vou fazer uma janta para já ficar pro almoço de amanhã: comida da Indonésia para lembrar os tempos que passei por lá, mas isso é uma outra história.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sem destino... Mas não por muito tempo.


Depois de muito quebrar a cabeça, a oferta de destino que para mim parecia ser a mais interessante, era: pegar um trem para Barcelona. Inocente eu, hehehehehe... Tirando que a distância é longe para uma viagem de final de semana, trem barato na Europa já virou lenda, resultando na inviabilidade desta opção. Dentre as opções que restavam, nada me agradava muito e, como sempre, é nessas horas que surge a grande idéia: já que o Neil não conhecia Madri, sugeri pegarmos um ônibus de 5 horas para fazer uma visita para a Virginia. Ele adorou a idéia, mas tinha um problema: albergue em cidades movimentadas como Madri,  durante o final de semana, geralmente estão lotados, sendo mais aconselhado fazer uma reserva.

Foi nessa hora que eu lembrei do salvador “Orkut”. Entrei no Orkut e tratei de logo mandar um recado para o meu amigo do Albergue para tentar uma vaga. Não tivemos sorte. Quero dizer, naquele momento me pareceu que não tivemos sorte. Meu amigo disse que não tinha vaga, mas que podíamos ir para lá que ele daria um jeito.

Chegando no albergue fomos direto para a recepção. Quem estava trabalhando naquele momento não era o meu amigo e sim um Francês que eu não conhecia até então. Perguntei se o Dudu se encontrava, e na mesma hora ele me olhou com aquela cara de quem ia dizer que não tinha vaga para ficar. O Francês parou Por um momento tinha imaginado que não teríamos lugar para ficar. Ele pensativo por um instante e falou: ah! Eu sei quem tu é, o Dudu falou de ti. Ufa! pediu para nós sentarmos e para preencher as fichas de hospedes, e do nada ele perguntou: o Dudu já explicou para vocês como vai funcionar, né?
Sem entender nada, lógico que eu respondi que sim. Logo em seguida, ele nos leva para o nosso quarto que ficava no último andar do albergue, onde já não tinha mais nada, nos mostra o quarto e se retira. Foi só o tempo de largarmos as mochilas e chegou o meu amigo, o tal do Dudu. Nos cumprimentamos, agradeci a ele, e então ele me perguntou: o Francês já explicou para vocês tudo?
Ufa! Pelo menos para ele eu posso dizer que não estava entendendo nada, hehehehe...  E a explicação foi: esse quarto esta com um pequeno mofo na parede e o dono do albergue disse para não alugar este quarto, e como o dono esta viajando, vocês podem ficar aqui, mas não precisam pagar.

Como??? Até pouco tempo atrás não tínhamos nem lugar para ficar, agora não precisamos nem pagar, hehehehe... O Neil não entendeu absolutamente nada, mas com certeza achou que eu era o cara dos contatos, hehehehehe.

Pronto, agora já estávamos em casa, e em pensão completa, com direito a banho quente, internet e café da manhã incluso. O passo seguinte da empreitada foi testar a internet do Albergue e procurar o endereço do albergue da Virginia para fazer uma surpresa pra ela, eu e o Neil claro. Assim já teríamos quase a família de Córdoba toda reunida, só faltava a Mari  que na verdade estava em Barcelona já.
Bom deixo o resto de Madri para outro dia.
PS: desculpa a ausência minha no Blog, mesmo tendo prometido escrever todos os dias. Tenho feito bastante coisa. Ao mesmo tempo que estou escrevendo aqui também estou escrevendo o roteiro do filme que estou fazendo. Então tenho que cuidar para a cabeça não fundir, hehehehe.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pessoas...

       É engraçado! Eu sempre imaginei que viajar sozinho deveria ser uma coisa monótona. O que eu não sabia é que: quando se viaja sozinho, o que não se fica, é sozinho.
Outra coisa muito diferente quando se está viajando é a relação do tempo.  Parece que o tempo passa de uma forma diferente, eu não sei explicar, mas por exemplo: muitas vezes tu conhece uma pessoa a menos de uma semana e parece que vocês se conhecem a muitos anos.
A Virginia é uma dessas pessoas. Nessa altura conhecia ela fazia uns 5 dias, mas ou mesmo tempo a gente trocava idéia como se fossemos amigos de infância.

     O tempo em Sevilla não poderia ser diferente. Caminhamos muito, conhecemos muitos lugares históricos, comi muitos kebabs, tive muitas aulas de espanhol, mas uma hora ia acontecer o inevitável. E ia ter que me despedir da minha nova grande amiga. A próxima cidade que ela ia era Madri, que deve ficar mais ou menos umas 5 horas de ônibus de Sevilla. O problema dessa vez, fora o dinheiro, é que nos últimos meses eu já tinha passado por Madri duas vezes, então nesse ponto estava um pouco fora dos meus planos voltar lá.

          As vezes uma viagem exige que a gente tome certas decisões, e nesse dia a decisão mais certa me parecia ser: voltar para Granada.

     Agora... voltar pra Granada não necessariamente significa voltar para a montanha e não ter o que fazer.... Corrigi então a minha decisão: eu voltaria para Granada e entraria em contato com o Neil (americano intercambista que morava na cidade) para então saber a real possibilidade de ficar em sua casa por uma semana. Desta maneira eu poderia aproveitar mais a cidade e matar tempo até a temporada e o meu emprego na estação de ski começarem.
Esse me parecia um bom plano, além de que me custaria somente alimentação por uma semana, afinal de contas não precisava mais pagar albergue.
Passagem de ônibus comprada, ligação feita e já estava tudo certo.

       De volta em Granada parecia que eu estava em casa.hehehehe... Até aula na Universidade eu assisti para ver como era. Agora a melhor descoberta da cidade foi o “Kebab King”, com certeza ta na lista dos melhores Kebabs que eu já comi até hoje. O Neil era tão viciado no Kebab King, que até uma camiseta do restaurante ele fez eles me darem de recordação. Lógico que eu uso ela até hoje. Hehehehehe.

      Agora eu tenho que voltar para a uma das características que eu citei no começo deste post, o tempo. Para variar, o tempo passou rápido de mais, e o que era para ser uma semana, para mim pareceram ser dois dias. Já era quinta-feira e ao se aproximar do final de semana o Neil me faz uma proposta: como ele só tinha os finais de semana livres ele me propôs fazermos uma viagem para algum lugar da redondeza e voltar no domingo. Fiz minhas matemáticas de tempo/$ e vi que caso eu fizesse isso, na volta me restariam quase 20 dias e dependendo dos gastos da viagem mais ou menos uns 250 euros. Não preciso fazer a equação de novo pra comprovar minha decisão para quem está lendo a história, preciso? Mas tinha uma condição, tínhamos que fazer uma viagem muito em conta. Hehehehe..

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Pré feriado...

Como hoje é praticamente um feriado eu vou dar uma folga na novela "Europa/05", mas pra não deixar de mostrar uma novidade todos os dias, segue o link de um podemos chamar, "pré-trailer" do filme que eu falei no primeiro post deste Blog.



domingo, 5 de setembro de 2010

Cultura pra mais de metro...



Antes de voltar para Granada, eu queria deixar claro que tudo que estou escrevendo até então se trata de momentos que aconteceram 5 anos atrás. Já teve gente que não conhece a história, fazendo confusão achando que eu estou na Europa. Não, estou no Brasil e senti vontade de escrever sobre as aventuras da época de faculdade.

Deu de enrrolação, vamos voltar para Granada.

Voltar para Granada foi muito especial. No minha primeira vez no albergue eu tinha me encantado pelo lugar e pelas pessoas, mas como estava preocupado em arrumar emprego e moradia, não tinha me permitido aproveitar aquela situação. Então, agora eu tinha voltado totalmente solto para aproveitar.

Seguramente o lugar chave de todo albergue é o lugar onde fica a internet, ainda mais nesse, que a internet ficava praticamente junto com a cozinha...hehehehe. Lógico que era ali que todos se encontravam e, naturalmente, era dali que saiam grande parte dos planos.

No começo os planos eram simples, como ir a um bar e visitar um museu, mas aos poucos as pessoas vão se conhecendo melhor (1 hora depois) que no final já estão combinando de se encontrar no Marrocos no final do mês, hehehe.

Hoje em dia eu não sou uma pessoa muito de festa, mas tinha uma coisa que adorava nos bares de Granada... não sei como chamaria isso, mas pode ser algo como uma “promoção” em que tu compra uma bebida e está incluído um aperitivo: as vezes um pãozinho, ou sei lá, algum fruto do mar, e por aí vai. Como eu não bebo, e muita gente prefere beber que comer, o combinado sempre era, vocês bebem e eu como, hahahahaha. Demais! Ah essa “promoção” se chama 'Tapas'.

No primeiro dia, durante o dia, se minha memória não falha, eu fui visitar uma igreja antiga e umas praças com umas meninas que conheci, duas da Alemanha, uma dos Estados Unidos e uma do Canadá. Na volta, claro que sugeri comprar um macarrão e umas latas de atum, e fazer uma janta no albergue, prato que virou praticamente a minha refeição oficial na Europa, dividindo espaço com o Kebab (sanduiche árabe) lógico. Depois da janta, na famosa salinha da internet, começou a aparecer mais pessoas, e então pensei: vou variar um pouco. Conheci dois caras e uma menina da argentina. Não lembro o nome deles, mas ela virou minha grande amiga, falo com ela até hoje, a Virginia. Resolvi então sair para umas Tapas com eles.

O grande “problema” dos albergues é que todos estão de passagens, então se escuta muitas histórias, e muitos planos de viagens, o que me deixa inquieto, hehehehe. Nessa noite a Virginia comentou que em dois dias iria seguir viagem para Cordoba, uma cidade que fica a 3 horas de trem de Granada. Ah! Os outros dois argentinos não estavam viajando com ela. Eles também tinham acabado de se conhecer e não iriam para Córdoba, eles iam direto para Sevilla, uma cidade que fica mais três horas para frente. Desta maneira, para não ficar sozinha, Virginia me convidou para conhecer Córdoba, dizendo que depois eu voltaria para o meu emprego. Claro que comendo Tapas, todos felizes, da boca pra fora eu falei: claro, claro, acho que eu vou sim.
No dia seguinte, durante o dia, reencontrei as outras meninas e, por convite delas, fomos conhecer a famosa Allambra, que é uma construção linda que fica no todo de um morro da cidade, e no caminho passamos para conhecer um bairro que era todo meio alternativo, que apesar de não lembrar o nome, tenho uma foto pra mostrar.

  
  
O da mochila sou eu e as duas meninas da direita são as duas irmãs da Alemanha.

Já de volta no computador do hotel, reencontro Virginia, e como eu não esperava, ela me lembra de que no dia seguinte ela iria para Córdoba e novamente me convida para seguir viagem. 

Nesse ponto eu já tava vivendo tão profundamente o sentimento de mochileiro que eu não pude dizer não. Resolvi alterar o plano, mas tudo sob controle. Comprei um chip local para o meu celular e falei pra Virginia que iria, mas com uma condição, ou melhor, duas: primeiro, já que ela logicamente escrevia em espanhol, ela mandasse uma mensagem para o meu “chefe” dizendo que aquele era o meu novo número e que iria viajar por dois dias, mas que voltaria e me mudaria para sua casa; segundo, que nesses próximos dois dias ela iria me dar aulas de espanhol.

Tudo certo. Mensagem enviada e já estávamos no trem, sentido Córdoba. Lógico que nessa altura do campeonato eu já estava hablando tuuudo...hehehehe.

Chegando na cidade, fomos logo procurar o ônibus local para seguir até a região que, segundo o mapa dela, tinham albergues para a gente ficar. No ônibus local uma coisa muito engraçada aconteceu: um turista bem loiro vem nos perguntar em espanhol informações do trem, pois estávamos como mapa em mãos. O cara falava muito bem espanhol, fiquei impressionado. Como já estava curioso, perguntei de onde ele era, e dai sim fiquei surpreso, ele responde: sou dos Estados Unidos. Eu estou acostumado com americano preguiçoso, que vem milhões de vezes pro Brasil e só fala inglês, mas deu de perceber que nem sempre é assim..hehehehe. O nome dele era Neil, e também estava na procura por albergue. Então, como todo bom viajante, convidamos pra se juntar com a gente.

Na saída do ônibus olho pra frente e vejo uma menina com uma mochila com um logo igual o da minha e pensei: olha que engraçado, é da mesma marca... e logo em seguida me lembrei que a minha mochila era brasileira...hehehehe.. Fui falar com ela e adivinha de onde ela era?

Tem gaucho espalhado por tudo quanto é canto do mundo, mas depois dos gauchos quem que a gente sempre encontra por ai? Claro que ela só poderia ser carioca né? Hehehehehe. O nome dela era Mari, e pra variar, também estava a procura de lugar para ficar.

Para a Virginia, que achava estar viajando sozinha, agora já éramos quatro... e como em uma viagem o tempo passa de uma maneira muiiito diferente, em questão de duas horas já éramos todos melhores amigos...hehehehe.



Da direita para a esquerda: Mari, eu, Neil e Virginia.

Os dois dias em Córdoba foram incríveis! Realmente inesquecíveis! E como tudo que é bom passa muito rápido; era hora de cada um seguir seu caminho. A Virginia seguiria para oeste, sentido Sevilla; a Mari estava vindo sentido contrário, então seguia para Granada; o Neil, como era intercambista de uma Universidade em Granada, e só podia viajar final de semana, iria voltar para Granada. E eu? Uma grande incógnita. Teoricamente deveria voltar para Granada e me mudar para a casa do “Chefe”, mas pensando de outra maneira: o meu emprego ainda não ia começar, se eu voltasse ia acabar tendo que trabalhar mesmo que sem receber, eu devia ter ainda uns 400 euros dos meus 500, e um emprego garantido em pouco menos de um mês. Se tu somar tudo isso, com o convite da Virginia de seguir viagem para Sevilla, e levar em consideração o fato de que até pouco tempo atrás eu estava totalmente perdido, triste, acho o resultado dessa equação fica lógica. Mas por hoje escrevi o suficiente....






sexta-feira, 3 de setembro de 2010

GRANADA: Ôoo Plano!!!

      Já que eu não falava alemão, e certamente não aprenderia a falar em uma semana, uma estação de ski onde a língua oficial era o espanhol era o plano perfeito.

    O plano era o seguinte: comprei uma passagem só de ida de Berlim para Madri, reservei uma noite em um Albergue em Madri pela internet, pesquisei qual ônibus pegar para chegar até Granada (5 horas ao sul de Madri, no extremo sul da Espanha), e para me garantir reservei 3 noites em um albergue em Granada, que segundo a minha imaginação seria o tempo necessário para conseguir um lugar para morar de verdade e um emprego.

  Tudo reservado, porém como o aeroporto era meio longe o Claudio, meu primo, me deixou na estação de trem para então eu ir ao aeroporto.


                                         
  
    Chegando em Madri fui direto ao albergue, e que albergue...hehehehe... Mais para frente da história vai fazer sentido esse comentário. O albergue, caso alguém precise de uma dica, se chama “Olé”.
    Eu, que nunca fui muito de falar espanhol, me senti totalmente travado. Cheguei, peguei o metro e fui direto pro Albergue, até porque eu não estava muito interessado naquele momento em Madri, estava mesmo era sonhando com a montanha. 
     Ao chegar no Olé, e não ter nada pra fazer, resolvi ficar pela recepção mesmo. Senti que tinha um fluxo legal de pessoas ali e que eu acabaria arrumando alguma coisa pra fazer. Meia hora se passa e percebo que o cara da recepção falava um espanhol muito fácil de entender, muito engraçado porque do nada eu entendia tudo. Lógico que fui perguntar de onde ele era. E como já era de se imaginar: ele era gaúcho...hehehe... e pra variar, mais um Eduardo. Nunca vi, os gaúchos estão em TODOS lugares do mundo...hehehe... nada contra, afinal tenho váaarios amigos desse país chamado Rio Grande do Sul. Foi desse momento em diante que eu voltei ao meu normal.... falei praa caralho por algum tempo...hehehehe... imagina a empolgação que eu estava de conhecer Granada.

    Granada é uma cidade universitária no extremo sul da Espanha, algumas horas do Gibraltar, próximo de Córdoba e Sevilla. A cidade é simplismente de mais, fica uma hora da praia e 40 minutos da estação de ski, resumindo o lugar dos sonhos.

     Foi no Alberque de Granada que e senti pela primeira vez o espírito de um Albergue. Chegando, fui para uma salinha que tinha uma cozinha, uns sofás e acho que dois computadores, e era uma loucura... gente de vários lugares diferentes do mundo viajando por motivos diferentes, procurando coisas diferentes. Aquele dia foi complicado focar no meu plano, cada um convidava para uma coisa diferente, uns queriam sair para uma festa naquela noite, outros queriam ir para o Marrocos na semana seguinte, outros ir em um museu em algum lugar no dia seguinte, e por ai vai. Mas eu fui forte, falei que ia dormir cedo porque no dia seguinte cedinho pela manhã eu iria pegar um ônibus para subir a montanha a procura de emprego e um lugar para morar.

    No dia seguinte, na medida que o ônibus subia a montanha, eu ia desanimando. Faltava um mês para a temporada começar e eu não via neve, aquilo pra mim não era um bom sinal.
    Chegando na vila da estação tudo que eu via me lembrava uma cidade fantasma. Uma montanha sem um floco de neve. Várias lojas, porém todas fechadas, alguma em reforma e ninguém para eu pedir um emprego. Toda porta que eu ia bater tinha um bilhete dizendo: caso tenha interesse em emprego deixar currículo.

    Jura que à essa altura do campeonato eu tinha um currículo,  ainda mais em espanhol. Lógico, reformulei o plano, pensei: vou esperar o ônibus de volta pra cidade, mandar um e-mail para a minha mãe, que é professora de espanhol, e pedir pra ela fazer um currículo para mim, e no dia seguinte, eu volto para deixar nas lojas. 
    Como o ônibus subia e descia a montanha uma vez por dia naquela época, eu resolvi comprar umas bolachas e um refrigerante na única loja de conveniência que estava aberta, ir para um mirante que tinha e passar a tarde por ali. E foi o que fiz.
   Estava eu lá desanimado, comendo a minha bolacha, quando, do nada, vem um cachorrão querer dividir ela comigo, e como normalmente acontece, quando vem um cachorro normalmente vem um dono atrás.
    Lógico que eu não podia perder a oportunidade de falar do que eu tava fazendo para pessoa. Afinal, a minha teoria é que: uma pessoa é = a um possível emprego. 
   Comecei a conversar e a falar que eu era brasileiro, que estava atrás de emprego para a temporada, que já tinha trabalhado em estação antes e blábláblá. Então perguntei o que ele fazia. Ele virou para trás apontou para uma loja em reforma e perguntou: tá vendo aquela loja ali? Eu sou o dono dela. Hehehehehe. Eu pirei, né? Já comecei a falar que eu era trabalhador, que ele não ia se arrepender, daí ele falou que era complicado, porque muitos vem de outros países para trabalhar, ficam uma semana e depois só querem saber de andar de snowboard. E claro, falou também do problema de documentos, etc. Lógico que falei que eu não seria assim, e que além de muiiita vontade de trabalhar eu tinha passaporte italiano e não teria problema em trabalhar com ele. Foi ai que ele falou que ele na verdade ele era argentino e que todos que trabalhavam com ele também eram. Daí mesmo que me senti em casa né..hehehehe... Afinal de contas, Florianópolis no verão é praticamente uma extensão da Aregentina.
     Foi então que ele me perguntou: não queres conhecer a loja? Lógico que eu aceitei!
Demais! Foi tudo que eu pensei naquela hora, um sonho... 5 minutos dentro da loja e quando eu me dou conta já estou ajudando a reformar os skis para a temporada, e do nada ele me chama para um canto e fala: Então, nos somos todos argentinos, trabalhamos juntos e moramos todos na mesma casa em uma cidade no meio do caminho entre a estação de ski e Granada, tu não gostaria de trabalhar com a gente e morar na nossa casa?

    Caramba, que sensação boa! Primeiro dia e eu já tinha emprego e casa. Impossível negar. Saindo do trabalho, já fomos comer em um restaurante muito gostoso, que ele ainda pagou a conta. Ficou combinado que eu iria trabalhar para ele, mas como a temporada não tinha começado ainda eu teria o trabalho só no mês seguinte, mas se eu quisesse poderia já se mudar para a casa mesmo assim. O problema era que eu tinha mais dois dias pagos no albergue. Então combinei que voltaria para a cidade. Em dois dias eu estaria de volta com a minha mudança: uma mochila.

     Foi aí que pensei: já tenho emprego certo, tenho casa, 500 euros dá e sobra para passar um mês sem trabalhar... então, vou aproveitar meus dois últimos dias na cidade e viver a vida de mochileiro de albergue por dois dias.. aii cagada.. se e o “patrão” soubesse acho que não teria permitido eu voltar pra cidade...hehehehe. Mas isso deixa para amanhã, porque este capítulo da novela, pra variar, já está loooongo demais.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

PROVISÓRIO!!

Este layout do blog é provisório, não entendo nada disso aqui ainda, então ainda não consegui mudar, mas acredito que até semana que vem está pronto.

Aprendendo a se permitir viver...


Não sei nem se estou fazendo isso certo (contar minha estória por um blog). Também não sei se alguém vai ler até o final o que eu estou escrevendo... mas ontem senti pela primeira vez a vontade de ter um blog e escrever um pouco do que eu estou vivendo. Não sei muito bem pra quem estou escrevendo ainda, mas sei que sempre penso muito e que, talvez, essa seja uma maneira de registrar um pouco alguns dos meus pensamentos e das minhas estórias.

Acho que, apesar de muita gente saber do meu filme, acredito que muitos nunca entenderam de fato de onde tudo isso surgiu, então acho melhor voltar ao começo.

Meu nome é Eduardo, mas na verdade respondo por Duca. Sou de Florianópolis. Depois de muita paciência, tempo e vontade familiar, me formei em Administração na Universidade Estadual de Santa Catarina, etc, etc, etc. Na verdade nessa última frase que começou a confusão. Como assim confusão? Quando eu entrei na faculdade eu tinha uma vontade muito grande de trabalhar em grandes empresas, ser um trainee numa multi nacional, viajar o mundo como executivo, etc. Mas, no meio do caminho resolvi sair pra viajar durante as ferias. Liguei pra um amigo de infância (outro Eduardo) e juntos viramos operadores de teleférico numa estação de Ski no Colorado, EUA.



Na volta pro Brasil, eu que até então pode-se dizer que era bem "focado" na faculdade, não conseguia prestar mais atenção nas aulas, só falava sobre vigem. Pra colaborar, na época eu tinha uma namorada que eu não queria mais namorar, e ela queria, daí o dia que ela não quis mais lógico que eu quis... claro, que como tudo na vida, vira confusão na cabeça da pessoa. A cabeça já começa a misturar tudo. A faculdade já vira uma merda, tu começa a se questionar "será que gosto disso mesmo?", e no meio dessa confusão toda eu tomei uma decisão: voltei a viajar. Comprei uma passagem e resolvi que ia trancar um semestre pra pensar na vida e tentar descobrir o que eu queria fazer. Então, fui pra Europa! Ai se meu pai soubesse naquela época o resultado que daria uma passagem para Europa...hehehehe.

Demorou um pouco pra me desligar dos problema do Brasil, mas aos poucos foi me habituando e me permitindo aproveitar aquela viagem. Trabalhei 3 meses de vendedor ambulante (porta em porta) de TV a cabo em Lisboa, até que eu percebi que aquilo ali não estava resolvendo nada. Então, resolvi passar o último mês que me sobrava em Berlim, visitando dois primos alemães, filhos da irmã do meu vô.



Berlim é Ô lugar... posso dizer que lá que eu comecei a me permitir pensar em outras coisas de verdade. Não sou de festa, mas lá a situação pedia. Foi um mês de festa, acho que 5 dias por semana. Era um dia atrás do outro, até que o corpo não aguentava e tinha que passar um dia dormindo. O único dia que acordei antes do meio dia foi no dia que peguei o avião pra ir embora. Meus dias em Berlim estavam acabando e eu tinha um plano:

Como em uns 3 meses começava novamente a temporada de Ski nos EUA, e o Eduardo que tinha ido comigo na temporada anterior tinha gostado bastante da experiência, ele tinha convidado mais três amigos nossos e, dessa vez os quatro iam juntos pra lá. Lógico que eu estava louco pra ir junto, então o plano era o seguinte:

Ligar pro meu pai no Brasil e explicar a situação de que em Lisboa o trabalho não tinha sido como o prometido, que eu estava quebrado, mas que era uma situação especial e que queria um dinheiro emprestado e que seria garantido, pois trabalho naquela época nos EUA teria com certeza e, assim, eu teria a grana pra pagar de volta. LÓGICO que o meu pai deu um ataque e não me emprestou o dinheiro. O motivo: segundo ele eu estava maluco querendo ir de um lado do Atlântico pro outro toda hora, que eu ja tinha ido vezes suficientes pros Estados Unidos e que eu conhecia pouco da Europa. A minha resposta:

"Mas eu tenho 5 euros, como vou conhecer a europa?" hehehehe

E daí veio a resposta a altura. Ele disse: então eu te DOU de presente 500 euros e pago a multa pra extender a tua passagem de volta pro Brasil e tu fica mais uns meses na Europa.... Meus olhinhos brilharam e na hora. Esqueci os planos de ir pro Colorado, desliguei o telefone e a minha cabeça começou a pirar nas idéias.

A primeira idéia foi usar esse dinheiro pra me sustentar até arrumar um emprego numa estação de ski na Austria, que segundo os meus primos é ô lugar... Daí começa a frustração... liguei pra váaarias lojas, escolas de ski, etc, e todos falavam a mesma coisa, não adianta tu ter um passaporte europeu, tu tem que falar Alemão... Piada né! eu falar alemão assim do nada... IMPOSSÍVEL.. foi aí que lembrei de uma pessoa que conheci no caminho pra Berlim, quando passei um dia em Madri, que me falou de uma estação no sul da Espanha, numa montanha vizinha de uma cidade universitaria chamada Granada. E foi assim que eu tive a idéia do plano que foi o seguinte:

olha eu sabia que eu falava demais, mas escrever assim eu não sabia, até porque nunca escrevo, então por hoje paramos por aqui e amanhã eu conto sobre o meu plano de Granada.




Tudo tem que começar de alguma maneira, esse Blog começou assim...


Eu na Austrália saindo de uma filmagem aquática. Essa cara não é dor de barriga não, é cansaço mesmo.

* quem já recebeu um e-mail pode passar pra baixo e começar pelo segundo post.

Então, alguns é lógico que sabem quem eu sou. Outros sabem, mas não devem lembrar. E outros, talvez nem saibam, pois estou mandando este e-mail para TODOS os e-mails que eu tenho.

Este e-mail é para divulgar para vocês meu mais novo projeto... Calma, calma, é um projeto muito mais simples que todos os últimos que a grande maioria de vocês já devem ter escutado eu sonhar sobre. É um simples Blog (para os que não entendem o que é, como meu pai por exemplo, é uma página na internet, onde diariamente vou escrever sobre assuntos diversos, como se fosse um diário). Na verdade, esse Blog surgiu da confusão que minha cabeça virou desde que eu junto com um amigo (o André nesse caso) resolvemos gravar um documentário... Muitos devem estar pensando: "Caramba! Lá vem ele falar dessa lenda de filme de novo...". É, realmente, aqui estou eu de novo. Sinto como se fosse um novo começo, muito diferente do primeiro, mas um novo começo....
Como alguns sabem, mas outros não devem saber, deixa eu explicar bem por cima.
Mais ou menos em abril de 2006 (acho que foi isso) eu e o André, amigo meu da faculdade, que por sinal deve estar lendo esse e-mail e não entendendo nada, depois de bastante tempo sem se ver, numa ida pra praia, do nada, começamos a planejar uma viagem, que era pra começar pelo Havaí no final daquele mesmo ano. O tempo passou, e  nossas cabeças começam a pirar tanto nos sonhos relacionados a viagem que em meados de julho, aquela já não ia mais ser uma simples viagem, na nossa cabeça ia ser um filme pros cinemas, hehehehe... pode parecer uma piada, mas naquele momento era o nosso mais puro sentimento. Lembro como se fosse hoje.
Não quero me prolongar agora, até porque pra grande maioria isso tudo não deve ser novidade, a lenda do filme do Duca e do André, que chatisse.
Então, queria avisar pra todos que, de verdade, muito sincera, eu tenho muiita vontade que esse filme deixe de ser lenda, e essa semana eu senti que de verdade quero voltar a editar o filme. A minha meta é acabar ele de verdade, se possível para o FAM 2011 (festival de cinema do MERCOSUL que acontece em Florianópolis ).

       Esse Blog vai servir pra dividir com quem tiver paciência de ler a minha longa estória, e um pouco das minhas dificuldade na finalização do meu fime, um pouquinho a cada dia. Meu objetivo é escrever, realmente, diariamente, mas se falhar um dia não se preocupem, que a estória continua... É isso, o endereço é:


         Espero que alguém goste, apesar da confusão que deve ser o que eu escrevo, e não necessariamente interessante, mas é sincero, de coração.

*foi assistindo a entrevista que vou colocar o endereço abaixo que senti vontade de fazer um blog. A entrevista é meio longa, uma hora e quarenta, então cuidado com a vontade de assistir, mas caso a pessoa tenha alguma coisa com fotografia vale assistir.